"Seguimos lutando pela Reconstrução Revolucionária do Partido Comunista Brasileiro, tomando o espírito de iniciativa e de crítica e autocrítica como o coração de nosso centralismo democrático. Tomamos o caminho da luta, não o da conciliação, como acreditamos ser o dever dos comunistas."
Todo partido comunista passa por processos de disputa, o PCB cresceu bastante de 2019 a 2022, e o Comitê Central começou a caducar diante dos novos quadros formados pela UJC. A UJC em si passou a ser muito mais organizada que o próprio Partido com o tempo, mostrando como o PCB sofria por métodos artesanais. A linha do Partido sempre cai à direita conforme há uma cristalização de quadros, que é o caso do PCB.
Bem pelo que entendi, então, só esses partidos maoistas ultra-sectários, menores que o próprio PCB que já é minúsculo, é que são a verdadeira reconstrução comunista?
Olha, eu não desmereço as iniciativas desses grupos. O trabalho editorial e de publicação de livros da Nova Cultura é uma iniciativa interessante, que começou com preços bem baratos (eventualmente ficando mais caros com o tempo). O trabalho editorial é simples, nada muito robusto, mas bem organizado, nunca tive problemas com entregas ou coisas do tipo e já pedi vários livros. Os esforços da URC nesse quesito são memoráveis, mostrando como até com poucos militantes é possível fazer um trabalho editorial relativamente bom.
Mas fora essa iniciativa, a URC é completamente irrelevante no cenário político atual. Menos relevante ainda que PCB e UP. O dogmatismo maoista jamais chegará nas massas brasileiras, essa exaltação e culto a Gonzalo e Mao não dialoga com os problemas imediatos do nosso povo. Mas agora sabemos porque o PCB não chega nas massas, por conta de uma direção que distorce o centralismo democrático, sabota iniciativas e impede a verdadeira capilarização do partido na classe.
Tanto Mao Zedong quanto Lênin encararam tendências oportunistas dentro de suas organizações. Isso é um processo natural, manifestação luta de classes no seio do partido. O Partido Operário Social-Democrata Russo, partido que Lênin disputou no século 20, rachou-se em facções internas em 1903 depois que a direção do partido ativamente sabotou as decisões do Congresso. O PCB passa por uma situação semelhante agora. O Partido mudou bastante ao longo de sua história, passando por diversos processos de disputas contra linhas oportunistas, tendo um misto de vitórias e derrotas. O que estamos vendo agora é mais um novo processo de luta contra o oportunismo, cujo resultado só poderemos analisar no futuro.
Isso se sustenta no episódio em que os camponeses da LCP peitaram mais de 3 mil militares do governo Bolsonaro.
Sei que tiveram alguns confrontos com a LCP em algumas ocasiões, mas 3 mil militares? Tem alguma fonte pra aprofundar nessa informação? Quanto ao PCB-FV, eu vejo a mesma situação do maoismo brasileiro, notoriamente composto pela pequena-burguesia, mas que se apoia moralmente na LCP. Muitas organizações maoistas tem pouco ou nenhum vínculo com a LCP, exceto ideologicamente. Já vi muito maoista pequeno-burguês, urbano, usando as atividades da LCP para dar um ar revolucionário a si, mas com pouca militância exceto no Twitter. Hoje em dia tá até bem menos comparado com uns 2 anos atrás.
Fora essa caricatura que infelizmente serve a todas organizações maoistas brasileiras atualmente, não conheço mais sobre o PCB-FV. Não sei sobre a apropriação da teoria militar por essa organização, mas que utilidade tem esse conhecimento se a organização tem no máximo uma centena de militantes em todos o país?
Todo partido comunista passa por processos de disputa, o PCB cresceu bastante de 2019 a 2022, e o Comitê Central começou a caducar diante dos novos quadros formados pela UJC. A UJC em si passou a ser muito mais organizada que o próprio Partido com o tempo, mostrando como o PCB sofria por métodos artesanais. A linha do Partido sempre cai à direita conforme há uma cristalização de quadros, que é o caso do PCB.
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Bem pelo que entendi, então, só esses partidos maoistas ultra-sectários, menores que o próprio PCB que já é minúsculo, é que são a verdadeira reconstrução comunista?
Olha, eu não desmereço as iniciativas desses grupos. O trabalho editorial e de publicação de livros da Nova Cultura é uma iniciativa interessante, que começou com preços bem baratos (eventualmente ficando mais caros com o tempo). O trabalho editorial é simples, nada muito robusto, mas bem organizado, nunca tive problemas com entregas ou coisas do tipo e já pedi vários livros. Os esforços da URC nesse quesito são memoráveis, mostrando como até com poucos militantes é possível fazer um trabalho editorial relativamente bom.
Mas fora essa iniciativa, a URC é completamente irrelevante no cenário político atual. Menos relevante ainda que PCB e UP. O dogmatismo maoista jamais chegará nas massas brasileiras, essa exaltação e culto a Gonzalo e Mao não dialoga com os problemas imediatos do nosso povo. Mas agora sabemos porque o PCB não chega nas massas, por conta de uma direção que distorce o centralismo democrático, sabota iniciativas e impede a verdadeira capilarização do partido na classe.
Tanto Mao Zedong quanto Lênin encararam tendências oportunistas dentro de suas organizações. Isso é um processo natural, manifestação luta de classes no seio do partido. O Partido Operário Social-Democrata Russo, partido que Lênin disputou no século 20, rachou-se em facções internas em 1903 depois que a direção do partido ativamente sabotou as decisões do Congresso. O PCB passa por uma situação semelhante agora. O Partido mudou bastante ao longo de sua história, passando por diversos processos de disputas contra linhas oportunistas, tendo um misto de vitórias e derrotas. O que estamos vendo agora é mais um novo processo de luta contra o oportunismo, cujo resultado só poderemos analisar no futuro.
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Sei que tiveram alguns confrontos com a LCP em algumas ocasiões, mas 3 mil militares? Tem alguma fonte pra aprofundar nessa informação? Quanto ao PCB-FV, eu vejo a mesma situação do maoismo brasileiro, notoriamente composto pela pequena-burguesia, mas que se apoia moralmente na LCP. Muitas organizações maoistas tem pouco ou nenhum vínculo com a LCP, exceto ideologicamente. Já vi muito maoista pequeno-burguês, urbano, usando as atividades da LCP para dar um ar revolucionário a si, mas com pouca militância exceto no Twitter. Hoje em dia tá até bem menos comparado com uns 2 anos atrás.
Fora essa caricatura que infelizmente serve a todas organizações maoistas brasileiras atualmente, não conheço mais sobre o PCB-FV. Não sei sobre a apropriação da teoria militar por essa organização, mas que utilidade tem esse conhecimento se a organização tem no máximo uma centena de militantes em todos o país?
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